Segmentos industriais catarinenses


Então aqui estamos (com muito prazer), prontos para cumprir nossa primeira tarefa. Essa cujo tema tem os segmentos industriais de Santa Catarina, que por sua vez distinguem-se muito de região pra região. Não podemos deixar de mencionar que contamos com a grande ajuda (e somos muitos gratos por ela) do nosso professor de Geografia, Julio Cezar Correa. Dedicando seu tempo para nos salientar sobre os segmentos industriais de Santa Catarina de forma esplendida, assim dando uma ótima base para o post.

Pra começar, um pouquinho de história


O processo de industrialização catarinense, não seguiu o mesmo do Brasil, pois sabemos que o modelo de industrialização do Brasil é do tipo substituição de importação que ocorreu após a crise de 1929 e consequentemente a crise do Café. Santa Catarina teve sua indústria apoiada pelas migrações principalmente européia, que trouxe para o nosso Estado um parque industrial que atua em vários setores de produção.

Pilares centrais da industria catarinense

Região nordeste – destaque para Joinville – METAL MECANICO.


  • Santa Catarina é o maior exportador de moto compressores herméticos do Brasil, com uma participação de e também líder nas exportações de refrigeradores. No estado está situada a maior fundição independente da América Latina. Mais do que isso, é líder nacional em eletroferragens galvanizadas a fogo para distribuição de energia elétrica, telefonia e TV a cabo, além de elementos de fixação.


Região do Vale do Itajaí – Brusque, Blumenau – TÊXTIL (cama, mesa e banho)


  • Fortemente exportadora, a indústria Têxtil e do Vestuário de Santa Catarina vendeu ao exterior, em 2010, US$ 190 milhões, sendo 8% do total exportado pelo Brasil. Santa Catarina é o segundo pólo têxtil e do vestuário do Brasil; nele está estabelecida a maior empresa brasileira fabricante de camisetas de malha e segunda maior do mundo. Também, é o maior produtor de linhas para crochê e fitas elásticas da América Latina e destaca-se na produção de artigos de cama, mesa e banho.


Grande Florianópolis – Florianópolis, São José e Blumenau– TECNOLOGIA

  • A grande Florianópolis abriga a sede da maior empresa em telefonia nacional, intelbras. Esta, também trabalha com informatica. Em 2010, foi eleita como uma das principais fabricantes de produtos de segurança eletrônica no brasil.

Planalto de Canoinhas – destaque para Canoinhas – MOVELEIRO



  • Fortemente exportador, Santa Catarina é o primeiro estado no ranking nacional. Em 2010 exportamos US$ 272 milhões em móveis, sendo 31% do total exportado pelo Brasil. Dentro deste segmento destacam-se os móveis de madeira. Em 2010, comparado com 2009 cresceram 4%.


Planalto de Lages – Lages – PAPEL.



  • Santa Catarina é o maior exportador do Brasil de papel/cartão para cobertura, crus, em rolos/folhas e é líder nas vendas ao mercado internacional de papel Kraft para sacos de grande capacidade. Em 2010 foram exportados US$ 184 milhões em papéis e cartão, obras de pasta de celulose, de papel, correspondendo a 9% das exportações brasileiras deste produto. O valor exportado por Santa Catarina cresceu 17% em 2010 comparado a 2009.

Oeste de Santa Catarina – Chapecó - FRIGORIFICADOS


  • Em 2010, carnes e miudezas comestíveis totalizaram US$ 2 bilhões com destaque para frangos e suínos. Valor correspondente a 28% das exportações totais de Santa Catarina e 18% das exportações de carnes e miudezas nacionais

Região Sul – destaque para Criciúma, Urussanga e Tubarão – CERÂMICO

  • Santa Catarina constitui-se num importante Estado produtor de cerâmica de revestimento do Brasil: responde por cerca de 30% da produção brasileira, a quarta maior do mundo, e por cerca de 70% das exportações, estando instaladas no Estado as maiores e mais modernas cerâmicas do país.
Sem esquecer que...

Observando os pólos industriais, fica claro sua grande diversidade. É importante destacar que em muitos dos setores acima citados, Santa Catarina tem um destaque nacional, como exemplo os frigorificados que colocam o estado como o maior exportador de carne de suínos e frangos do Brasil além de atender o mercado interno com famosas marcas, tais como, Perdigão e Sadia. No pólo cerâmico um destaque para a alta qualidade de seus produtos, que vale lembrar, estão sendo prejudicados pela “invasão” dos produtos made in China. No pólo metal mecânico um grande destaque para a Weg que configura como uma grande produtora mundial de motores elétricos. Enfim, um estado que sede grandes marcas da indústria nacional (Cônsul, Portobelo, sulfabril, Hering, entre outras) e colabora com um percentual significativo para o PIB nacional.


Nível de emprego e segmento da equipe

Vale a pena lembrar, que para nós da equipe, o segmento que mais nos motiva profissiona
lmente é o Tecnológico. Já que os cursos escolhidos para o vestibular são Sistemas de Informação, Ciências da Computação, Design Gráfico e Ciências Econômicas, e Florianópolis é onde possui maior número de empregos para essas áreas. Esse é um setor não só com grande atividade, mas de grande demanda no nosso estado. Porém como o foco aqui é o Industrial, segue uma tabela com o nível de empregos em várias áreas.


Exportações catarinense

Com o Porto de Itajaí, o nosso estado importa e exporta em grande escala. Podemos provar o potencial do oeste catarinense pela tabela a seguir. Vemos que o frango lidera como o produto mais exportado disparado.

Tal qual nossos produtos, nosso mercado é igualmente diversificado tendo como clientes países no mundo todo e dando ênfase aos nossos maiores compradores: EUA, Japão e nosso parceiro do MERCOSUL com quem temos maiores relações comerciais, Argentina.
Na Próxima tabela, você encontra a balança de importações e exportações no decorrer dos últimos anos.


Nesta notemos que as vendas de Material Eletrônico e de Comunicação subiram consideravelmente e na área industrial um destaque para a metalurgia básica tanto em matéria de produção quando de venda. Por outro lado no setor têxtil observa-se um grande decréscimo.

Embora tenha tido um bom crescimento notamos que se comparado a media nacional o acréscimo nos ganhos de exportação foram baixos.


Não é fácil ser empresário

Segundo os industriais catarinenses, as condições atuais da economia não são boas, mas há expectativa de que vá melhorar. A percepção de que o momento não é bom foi constatada através do indicador de Condições Atuais ficando, no mês passado, em 44,1 pontos - abaixo da linha divisória dos 50 pontos. O indicador de Expectativas ficou em 57,2 pontos, um pouco acima da linha dos 50. Segundo os empresários, os principais fatores preocupantes e que tem afetado seu otimismo são: crise nos EUA, dólar desvalorizado, elevados preços dos insumos, principalmente milho e farelo de soja, impostos acumulados no governo estadual e federal, embargo da carne suína brasileira para a Rússia, escândalos no governo federal, concorrência dos asiáticos e incertezas macro-econômicas internacionais.


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Fontes

Porfessor Julio Cezar Correa
http://www.ucp.fazenda.gov.br
http://tisc.com.br
http://www.fiescnet.com.br
Livro: O CLUSTER DA INDÚSTRIA CERÂMICA DE
REVESTIMENTO EM SANTA CATARINA:
UM CASO DE SISTEMA LOCAL DE INOVAÇÃO

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